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O que é o membro fantasma e quais os tratamentos


Passar por uma cirurgia de amputação de membro é um processo que envolve além da saúde física, a saúde emocional das pessoas. O processo pós-cirúrgico deve ser seguido

de acompanhamento médico para ambos os casos (físico e psicológico), pois além de prevenir infecções e garantir uma cicatrização sem alterações no coto, também é preciso ouvir e auxiliar o paciente com o fenômeno do membro fantasma.

Na maioria dos casos de amputação, é observado que os pacientes ainda sentem a presença do membro após a cirurgia. Mas esse fenômeno tem respaldo não apenas em um sentimento psicológico, mas também real, pelos comandos neurais do cérebro.

Saiba mais como ocorre o membro fantasma e como solucionar esse problema.

O que é o membro fantasma?

Após a remoção de um membro, os nervos remanescentes continuam a trocar estímulos com o cérebro. Os ligamentos sensoriais do membro e do cérebro ainda não se acostumaram com a amputação. Por tanto, há a sensação que o membro ainda está lá e pode realizar as atividades de antes.

Essa carga de informações sensoriais que não é totalmente correspondida como antes, pode levar o paciente a ter outros sintomas, além do desconforto psicológico e incômodo que é normal da cirurgia.

Quais os sintomas do membro fantasma?

É comum, em qualquer cirurgia, mas especialmente em uma de amputação, sentir dores ou incômodos no coto, devido ao processo de cicatrização. Essa dor pode se intensificar com as trocas de informações por ações que não são completadas devido à falta do membro, como explanamos acima.

Outros sintomas característicos da síndrome do membro fantasma são:

· Sensação de paralisia no membro que foi retirado;

· Espasmos musculares;

· Frio ou calor no membro que foi retirado;

· Reflexos para retirar o membro de situações de risco;

· Dor no membro amputado ao invés de no coto;

· Tentativa de agarrar ou tocar algo;

· Sensação de que a parte amputada está na posição errada;

· Sensações de mudanças de forma ou tamanhos na parte amputada.

É importante ressaltar que nem todos os pacientes têm todas as sensações acima. E também que não há um tempo estimado para que a sensação fantasma vá embora. Embora a dor fantasma possa passar, alguns reflexos podem permanecer, devido aos estímulos neurais do coto e do cérebro. A melhor forma de lidar com essas sensações é com um tratamento próprio.

Qual o tratamento adequado?

Os tratamentos convencionais para a síndrome do membro fantasma incluem a administração de analgésicos quando a dor incluir a do coto, fisioterapia, hidroterapia, correntes elétricas de baixa frequência, uso de antidepressivos — caso seja necessário— e acompanhamento psicológico.

Esses tratamentos servem para aliviar ou eliminar os sintomas que mencionamos acima, além de também ajudar na regeneração e equilíbrio do corpo do paciente com um novo estilo de vida.

Quando possível, uma conversa pré-cirúrgica com o paciente é uma forma de preparo para essa situação da síndrome do membro fantasma. Após a cirurgia, é necessário que o paciente seja sincero e fale se tem dores, local e nível da dor e qualquer outra situação, ao seu médico.

Durante o tratamento pós-cirúrgico, quando o médico observar as melhoras e regenerações do coto, é possível acrescentar uma prótese mecânica. Ela pode auxiliar para que o cérebro receba a informação que a tarefa a qual tentou desempenhar, foi realizada, aliviando consideravelmente os outros sintomas que podem ser agoniantes para a pessoa com membro amputado.

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